quarta-feira, 27 de abril de 2011

Cannoli promete ser o doce italiano da vez






















Nem frozen yogurt, nem cupcacke. Se depender da tendência relançada pelo chef Alexandre Leggieri, o ano deve ser do cannoli, mais precisamente do cannoli siciliano, no estilo da receita da ‘nonna’.
O tino para o negócio da cannoleria do pequeno empresário se deu por falta de um produto original à tradição, segundo ele. — Eu já havia percebido que haveria boa aceitação no mercado. Mas, ao ler uma matéria do chef Carlos Bertolazzi no site iG, sobre cannoli, tive a impressão de que a ideia poderia virar um bom negócio — revela.
As guloseimas italianas produzidas por Leggieri seguem uma linha clássica de sua família italiana, oriundos da Comune di Castel San Lorenzo, na região da Campania, província de Salerno. A elaboração dos canudos doces tem a combinação de uma massa fina e frita em forma cilíndrica bem recheada.
Desde 2010, Leggieri atende o freguês em sua casa, na Vila Mariana, onde conta com uma cozinha industrial capaz de produzir por semana mais de 300 cannoli. E para divulgar seu negócio o profissional não poupou imaginação. Ele ‘conquista’ seus consumidores pelas mídias sociais, como o facebook, além de alimentar semanalmente seu blog.
Filho de italianos e também ex-publicitário, o jovem chef cita diversas influências que o levaram da teoria a prática em seu negócio. Leggieri comenta uma cena do filme “O Poderoso Chefão” em que, depois de um tiroteiro, um gânster diz ao outro antes de fugir: “deixe a sua arma, traga o cannoli!” (leave the gun, take the cannoli!).
Se nas cidades da Itália e em Nova York, Estados Unidos, as cannolerias são comuns em quase todas as esquinas, aqui no Brasil ainda não temos nenhuma direcionada só ao doce. Mas, se depender da disposição e da criatividade desse pequeno empreendedor, em breve se tornará uma realidade nas principais cidades do País.
Na lista de pedidos, os mais requisitados pelos fregueses são o de ricota, acompanhadas de pistache, cerejas ou frutas cristalizadas, nutella, creme de chocolate branco com uveta (uva passa italiana) e o creme de chocolate. “Toda a matéria-prima é de origem italiana. Procuro seguir à risca a tradição e o modo de preparo dos cannoli siciliano”.
Outra sugestão do chef é para a harmonização dos cannoli. Em uma consulta com um sommelier profissional à sugestão que nos foi dada é a de acompanhar os doces italianos com o espumante Asti ou com o vinho branco argentino Torrontes. Mangia che ti fa bene!
Nesta cannoloria você sente um clima muito familiar, impressão que o chef faz questão de imprimir em seu trabalho. É um local gourmet onde é possível degustar e já fazer as encomendas. Objetos como máquinas antigas de fazer macarrão, livros de culinária, toalhas em tonalidade xadrez, e até o passaporte italiano do pai (Gennaro Leggieri) compõe a atmosfera do local.
O local é um oásis em meio a cidades tão pluralizadas, mas que ainda contam com personalidades que procuram resgatar as raízes de povos que auxiliaram a formá-las.
A história do cannoli
Cannoli (ou cannolo) é uma sobremesa proveniente da Sicília. No singular cannolo, tem o significado de "pequeno tubo". Os cannoli são bem populares na cozinha italiana dos Estados Unidos. Consiste em uma massa doce frita em formato de tubo, recheada de um creme de queijo de ricota (ou mascarpone), adicionado à baunilha, chocolate, pistache, vinho Marsala, água de rosas entre outros ingredientes alternativos.
Originado em Palermo, o cannoli era feito historicamente durante as festividades do carnevale italiano, provavelmente como um símbolo de fertilidade. Assim como a cassata siciliana, o cannoli foi produzido ainda antes da dominação Árabe.
No Brasil, o cannoli era tradicionalmente vendido nos intervalos de partida do Clube Atlético Juventus, no Estádio Conde Rodolfo Crespi, na Rua Javari em São Paulo. O doce italiano também pode ser encontrado em padarias e rotisseries de grandes cidades do País.
Serviço
Rua Botucatu, 37 Vila Mariana – SP
Tel: 11 6610-6084 / 5081-3088
Preço: R$ 4,00 a unidade
ale_brasil_italia@hotmail.com
facebook.com/Alexandre Leggieri
http://cannoleria.blogspot.com

terça-feira, 26 de abril de 2011

Restaurante Il Nuovo Sogno di Anarello é a garantia de uma boa refeição em SP
















Um dos responsáveis por definir a gastronomia tradicional da Itália no País o chef Giovanni Bruno está à frente de quase toda a genealogia dos restaurantes da capital paulista. Sob a sua batuta está o já adulto Il Nuovo Sogno di Anarello, um charmoso e tradicional restaurante localizado no bairro da Vila Mariana, em São Paulo.
A história de Giovanni é interessante. Desde que chegou ao Brasil, em 1954, vindo da comune de Casalbuono, Salerno, região da Campania, ele não parou de produzir e de ter boas ideias. Ele começou como lavador de pratos no Gigetto e, desde então, idealizou alguns projetos que foram sucesso de crítica e público.
Toda essa dedicação e carinho foram reconhecidos. Giovanni ostenta nas paredes de seu agradável restaurante, diversos quadros com fotos e saudações de clientes encantados com a qualidade de sua comida e a cortesia no atendimento. Alguns desses quadros chamam a atenção do freqüentador, como o título de Cidadão Honorário da cidade de São Paulo e o título de "cavalieri" concedido pelo governo da Itália aos cidadãos que divulgam a cultura italiana ao redor do mundo.
Giovanni se assume um homem de “sala”, com fortíssimo amor pela cozinha e um eterno apaixonado pela cidade de São Paulo que o acolheu como uma mãe, segundo ele. Com uma criatividade de empreender notória, ele foi responsável também por tornar popular vários pratos tipicamente italianos, como o capeletti à romanesca (foto), que foi introduzido no Gigetto, na década de 1950.
- A intenção era agradar a um cliente que havia voltado da Itália e tinha comido algo semelhante por lá. O romanesca é inspirado no fettucine à parisiense, feito com creme de leite, presunto cozido, manteiga e champignons – conta.
Giovanni é uma espécie de faz tudo do restaurante. Ele recebe a maior parte dos clientes na porta do Il Nuovo Sogno di Anarello, anota os pedidos, sugere pratos e vinhos e, se tiver inspirado, dá uma canja cantando a música Champagne de Peppino di Capri.
A experiência que Giovanni imprime em seu atendimento e qualidade dos pratos faz escola. Pelos seus restaurantes passaram nomes consagrados do circuito cantinas-restaurantes, como o Piero e Lellis.
Com mais de 25 anos em atividade o Il Nuovo Sogno di Anarello, fica na rua homônima (homenagem do ex-prefeito Jânio Quadros) e funciona somente à noite e nos dias de semana.
- Nosso cardápio tem todos os pratos que o cliente desejar. No restaurante procuro agradar a todos, de acordo com o que os clientes quiserem comer. A intenção é que todos se sintam integrados a nossa família – diz.
Da cozinha do Il Nuovo Sogno de Anarello saem todos os tipos de pratos. Porções para a família de saladas, massas, assados, peixes, sopas, sobremesas, tudo que remeta a boa e tradicional cuccina italiana.
Ospitalità Italiana
Em fevereiro último, 30 restaurantes do estado de São Paulo receberam o selo Ospitalità Italiana, concedido desde 2004 pela Associação das Câmaras de Comércio daquele país (UnionCamere) e pelo Instituto Italiano de Pesquisas Turísticas (Isnart). E o Il Nuovo Sogno di Anarello é um dos estabelecimentos reconhecidos.
Os avaliadores levaram em conta a tradição da culinária italiana na prática, a utilização de vinhos de origem italiana, além do uso de ingredientes originais (azeites, tomates, queijos, embutidos, entre outros), tradução de cardápios para o italiano, decoração e garçons que falem o idioma fluentemente. Tudo por meio de testes teóricos, onde os restaurantes responderam uma série de questionários, além de encaminhar fotos dos pratos e do estabelecimento. Posteriormente, foram analisados por um comitê de chefs e enólogos da Itália.
Segue a lista dos trinta selecionados: Cantina C…Que Sabe; Circolo Italiano San Paolo; Così; Dona Carmela; Due Cuochi Cucina; Empório Ravioli; Friccò; Il Fornaio d’Italia; Il Sogno di Anarello; La Pergoletta; La Piadina; La Risotteria Alessandro Segato (fechada); La Tambouille; Magari; Olea Mozzarella; Osteria del Pettirosso; Pasquale; Pecorino; Picchi; Piselli; Ristorante Laura e Francesco (em Valinhos, interior de SP); Rosmarino; Spadaccino; Taormina; Tatini; Terraço Itália; Tomatto; Vicolo Nostro; Vinheria Percussi e Zena Caffè.
Para ler na íntegra esta matéria clique aqui.
Serviço Rua Sogno di Anarelo, 58 - Vila Mariana
Telefone: 11 5575-4266

Rede de culinária italiana acerta no cardápio e cai no gosto do brasileiro


























Maior rede de culinária italiana do Brasil, a Spoleto, do Grupo Úmbria, conta com uma fórmula de sucesso que conquistou os consumidores brasileiros. Com massas e molhos preparados em poucos minutos, os números da cadeia de restaurantes são superlativos. Por mês, são servidos 1,2 milhão de pratos. Já ao ano, a rede calcula que 14 milhões de consumidores visitam os 291 restaurantes, sendo 263 no Brasil e 28 no exterior(26 no México e dois na Espanha).
Um dos diferenciais da rede é que o cliente é o próprio “chefe” e tem a liberdade de montar o prato na hora. Entre as opções, são 16 massas, risotos, saladas, carpaccio e polpettones, com até oito variações, entre os 34 ingredientes. São seis tipos de molho para as massas e outros seis para as saladas.
Para se ter uma dimensão do que a empresa faz. Na fábrica do Spoleto, no estado do Rio de Janeiro, são produzidas mensalmente cerca de 176 toneladas de molhos, outras 71 toneladas de massas recheadas, 17 toneladas de lasagnas e 7 toneladas de risotos. A linha de produção da rede não fica atrás dos chineses. A possibilidade de crescimento da rede se deu, principalmente,através do sistema de franchising, que possibilitou a entrada nas principais cidades do país.
E o melhor de tudo é que a rede está presente na maioria dos shoppings paulistas, além de unidades de rua, como a da alameda Lorena, pertinho da avenida Paulista, loja visitada e aprovada, tanto pela qualidade dos pratos, quanto do atendimento atencioso.
História da cidade de Spoleto
Spoleto é uma cidade localizada no centro da Itália, na região da Úmbria. Esta região se destaca pelo equilíbrio entre homem e natureza, no tratamento que seus cidadãos sempre tiveram com sua terra e seu rico passado. Na Idade Média e na Renascença, foi uma ativa região no coração histórico, cultural e religioso da Itália. Suas cidades se desenvolveramde forma extraordinária, acumulando uma enorme riqueza artística.
Apesar de apresentar traços da eraromana em sua estrutura urbana, Spoleto ainda mantém uma aparência medieval. Isso ocorre devido à cidade ter sido um próspero Ducado “Longobardi” – povo germânico originário do Norte da Europa que fez partedo Império Romano – e, depois, uma importante cidade dentro do Estado Papal.
Para ler a matéria na íntegra clique aqui.
Fotos: Divulgação

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Livro mostra famosos que deram nomes a pratos

A maior parte das receitas tem uma origem. Conhecida ou não, quando se percebe que o nome de determinada refeição está relacionada a alguma personalidade, a curiosidade supera o apetite na maioria dos casos ou aguça mais ainda.
Homenagens a pessoas que marcaram a história no cinema, na música, na literatura, na realeza, heróis de guerras, políticos, e até anônimos, ganham formas em um livro saboroso e divertido de ler. ‘Fama à mesa’, de Fabiano Dalla Bona, recém lançado no país mostra de forma espirituosa e leve a história que está por trás de alguns dos mais conhecidos nomes da história mundial.
O autor apresenta uma série de receitas saborosas e drinques criados a partir dos gostos e também em homenagem às personalidades e convida para uma viagem além da gastronomia ao oferecer uma seleção de fatos históricos. O livro ainte tem detalhes sobre os bastidores de encontros gastronômicos, conversas, além da criação das iguarias preferidas de cada um deles.
Antes de cada história é oferecida a receita completa do prato. Entre os personagens centrais, estão Luís XV, a ex-miss Brasil Marta Rocha, Luciano Pavarotti, Eça de Queiroz, Marcel Proust, Sophia Loren, Frank Sinatra e até mesmo Miss Marple, a detetive de Agatha Christie.
A obra é dividida em seis capítulos: “Receitas de homens famosos”, “Receitas de mulheres famosas”, “Receitas musicais”, “Receitas da realeza”, “Receitas de grandes escritores e personagens literários”, “Drinques famosos”. Cada tema oferece histórias curiosas e, por vezes, divertidas, que expõem o lado desconhecido de homens e mulheres marcantes que atraíram notoriedade.
Segundo o autor, a ideia do livro surgiu de uma curiosidade em relação ao prato chamado Filé Oswaldo Aranha. "Eu pedia o prato em alguns restaurantes do Rio de Janeiro e sempre tive a curiosade de saber o porquê do nome. Daí em diante fui pesquisando para saber mais sobre pratos que levavam o nome de personalidades".
A publicação é da Editora Tinta Negra e é encontrado em grande livrarias.
Fotos: Bucatini alla Caruso, em homenagem a tenor italiano Enrico Caruso e o camarão à Marta Rocha, ex-Miss Brasil.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Invasão argentina


















Sorveteria Freddo, Havanna Café, Tea Connection e o restaurante Arturito. O que eles têm em comum?! São todos de origem argentina e descobriram o filão gastronômico que é o Brasil. A mais recente rede a fincar a bandeira aqui foi a Freddo, que abriu em abril uma unidade da rua Normandia, em Moema.
A sorveteria foi fundada em Buenos Aires, em 1969, e que me perdoem no trocadilho, dará um gelo nos concorrentes. É o melhor sorvete que eu já provei, melhor até que os italianos, mesmo! Em versão reduzida no Brasil contará com 30 sabores, contra mais de 50 na Argentina. Mesmo assim as opções são muito boas. Framboesa, pistache, além das tradicionais variações com chocolate e doce de leite, como o crema tramontana (mistura de creme, doce de leite, biscoitos e chocolate) e doce de leite com coco. O preço varia entre R$ 8,50 para um sabor e R$ 14 para dois.
A experiência do país vizinho na gastronomia é tão boa quanto a nossa. Mas eles ainda levam vantagem se levarmos em conta a indústria de alimentos, carnes e laticínios, muito mais desenvolvida que a nossa. Visitar Buenos Aires, por exemplo, é sempre uma experiência interessante e fica a menos de três horas de voo partindo de São Paulo.
E agora, com essa tendência quem ganha somos nós. A capital paulista conta também com diversos restaurantes especializados em carnes argentinas, como o Estación Sur, La Caballeriza e o La Cabanã, isso só pra citar alguns porque há diversas opções.
Deu água na boca? Você pode começar com uma empanada do Havanna, que é uma delícia!
A Freddo ainda não tem site no Brasil. A unidade fica na rua Normandia, 22, Moema. Fone: 3562-1654, aberto das 10h às 20h (6ª e sáb., 10h/23h; dom. 12h/22h).