Picolé de caipirinha?! É sério? Sim, de caipirinha

Se parece óbvio para você assim como pra mim, o picolé de caipirinha saiu dos sonhos de muitos e agora já é realidade, ao menos na Espanha. É o que anunciou nesta semana o top chef espanhol Ferran Adrià durante um congresso de gastronomia, o Madri Fusión.
Segundo ele e o que foi noticiado na agência de notícias inglesa BBC, o gelado é apresentado como parte de um aperitivo em um copo com gelo picado nas bordas. O palito é um pequeno pedaço cortado da cana de açúcar, assim como servido em alguns cafés de SP. A melhor parte: a cachaça brasileira, a raspadura de lima (no caso da receita espanhola) e o açúcar, são congelados com uma técnica do nitrogênio líquido, desenvolvida por Adrià.

Aliás, esta técnica do nitrogênio líquido já é usada na cozinha atual dos restaurantes espanhóis. Já presenciei em um restaurante em SP, no Eñe. Trata-se de uma técnica diferente e cara, cada vez mais adotada pelos chefs que a utilizam como recurso para preparar seus pratos dentro da chamada gastronomia molecular, um ramo da ciência cujo objetivo é estudar os processos químicos e físicos que ocorrem com os alimentos durante o ato de cozinhar. Adriá tornou-se um expoente desse ramo da gastronomia.
Mas, voltando pro picolé, o chef Adrià propôs na receita que, por último, o palito é salpicado com cristais de ácido cítrico granulado e servido no copo com gelo. O coquetel deve ser mastigado para se saborear a combinação dos elementos.
Vale lembrar que Adrià é o proprietário do renomado restaurante El Bulli (veja o site), que há quatro anos consecutivos é eleito o melhor do mundo pela Restaurant Magazine e conta com três estrelas do Guia Michelin, considerada a bíblia da gastronomia mundial. Ah sim, o chef também anunciou que o El Bulli estará fechado durante os anos de 2012 e 2013 para se transformar em "laboratório de investigação da alta cozinha".
O gelado de caipirinha é vendida no seu restaurante, onde o preço médio para um jantar individual está em torno de R$ 1 mil (312 euros).
Foto: Madri Fusión 2010

Volta ao mundo em sabores exóticos de SP

O roteiro gastronômico de São Paulo é exótico, vasto e farto. Poderia dizer que é uma experiência! Cozinhas e sons representados por muitos países compõem os pratos servidos na cidade: árabe, marroquina, indiana, japonesa, grega, peruana, italiana...
São várias as especialidades e o que parece é que aqui tem gosto pra tudo o que é tempero. Sanduíches rápidos, peixes, massas, saladas, aves. Orra meu (com sotaque paulistano)!

Quer comer um sanduíche diferente com gostinho do Oriente ou Norte da África? Kebab (foto) de cordeiro no Kebabel, na região do baixo Augusta. Assim você aproveita pra ver o que rola na nova-velha cena da noite de paulistana.

Um sabor mais marcante? Ceviche do La Mar, cozinha peruana de primeira. Aliás, nossos vizinhos caíram no gosto dos chefs contemporâneos. O número de restaurantes em SP subiu, seguindo uma tendência europeia e norte-americana.

Algo mais diferente? O restaurante indiano Tandoor. Local agradável e super descolado e que também fica no baixo Augusta. Os almoços são mais legais, porém, com filas na porta de dobrar a esquina.

É tudo muito bacana, mas é preciso tomar cuidado ao selecionar o local. O risco de topar com uma gororoba qualquer é grande também. Eu mesmo vivo caindo em umas roubadas. E só os antiácidos salvam depois.

E não precisa dispor de muito dinheiro. Se o orçamento estiver curto cancele a entrada ao sentar-se à mesa e opte por bebidas menos caras, assim a grana pode ser direcionada a pratos mais interessantes e, claro, para a sobremesa.

E como alguns amigos e leitores do blog sugeriram, seguem alguns restaurantes interessantes pra darmos continuidade ao processo da eterna pesquisa gastronômica em São Paulo.

Peruanos: La Mar Cebicheria, Killa e o Shimo (nipo-peruano)

Kebabs: Kebaberia, Kebabel e o Kebab Salonu

Indianos: Govinda, Ganesh e o Delhi Palace

Marroquinos: Tanger, Agadir e NUR (cozinha judaica), que definem como o encontro das culinárias marroquina, tunisiana, egípcia e sírio-libanesa. Fica na Rua Tupi, 792 - Santa Cecília / Fone: 3666-4992

Quando comer sanduíche Big Mac faz 'o bem'

Até a próxima sexta-feira, dia 22, quem quiser contribuir com as vítimas do terremoto do Haiti pode fazê-lo de uma forma bacana e gostosa. Basta comprar um Big Mac (avulso ou combo) em uma das unidades do McDonald's que R$1 (um real) será destinado a ajuda humanitária daquele País. O preço do sanduba individual é R$ 8,50.
Segundo a empresa Arcos Dourados, que é responsável pelas operações do McDonald"s no Brasil, todos os mais de 1.700 restaurantes operados em 19 países da América Latina, contribuirão com uma doação equivalente, em moeda local, a US$ 0,50 das vendas de cada sanduíche Big Mac.
É sabido que não é muito sadio, mas um Big Mac_izinho_ não vai embarangar ninguém com um apelo desses, certo?!
A cadeia de fast food já realiza anualmente o McDia Feliz, onde todo o dinheiro arrecadado com a venda de Big Mac (exceto alguns impostos), é revertido para instituições de apoio e combate ao câncer infanto-juvenil de todo país.
Foto: Filme Super Size Me

Entrada, prato e sobremesa por R$ 55 em festival gastronômico no Itaim

Onze restaurantes do fervilhante e chato bairro do Itaim Bibi, em SP, participarão de um festival gastronômico. Batizado de Temporada de Verão, o evento rola entre 15 e 31 de janeiro e abrange estabelecimentos que até valem a ida, apesar do trânsito caótico e dos guardadores de carro mercenários da região.
Pratos da cozinha contemporânea, massas, carnes e especialidades em peixes, estrelam nos restaurantes participantes.

O site do evento diz assim: "a ação tem como objetivo proporcionar ao público a oportunidade de conhecer os melhores estabelecimentos da região, oferecendo pratos leves e coloridos a preços mais acessíveis. É uma ótima opção tanto para os turistas, quanto para os moradores que optarem em ficar na cidade. Cada um dos participantes criou um menu com entrada, prato principal e sobremesa que vigorará durante a segunda quinzena do mês de janeiro (15/1 à 31/1) pelo valor fechado de R$ 55,00."

Os restaurantes são: La Tambouille, Bar des Arts, Porto Rubaiyat, Sallvattore, Thaï Gardens, Freddy, Quattrino Itaim, Eñe, Sassá Sushi, Torero Valese e Picchi .

Informações no site do evento que é o www.temporadadeveraonoitaim.com.br/
Quem for dê um pitaco abaixo, por favor.

Rumo a cozinha da montanha

Campos do Jordão é uma cidade deliciosa. O clima, o ar da montanha e a neblina que se faz inesperadamente são sempre muito interessantes. E tudo parece combinar com um bom prato de refeição, já que o roteiro gastronômico da cidade é muito bem salteado de boas opções e com temperos pra todo gosto. Massas, carnes, sanduíches, fondues e chocolates, eles parecem pipocar em toda esquina da cidade. Sem contar nas boas cervejas e vinhos.

O Grupo Cozinha da Montanha, associação de gastronomia que reúne os 25 mais badalados restaurantes de Campos do Jordão preparou para 2010 um calendário bastante diversificado, cheio de opções e deliciosas receitas, todas inéditas, preparadas pelos chefs de cada restaurante associado.
O Calendário Gastronômico terá pratos com Cerveja Artesanal, de 10 de fevereiro a 21 de março. E se for da fabricante local Baden Baden...hmmmm
Depois é a vez do Pinhão, entre 25 de abril a 16 de maio.

Já em época de temperaturas mais baixas, o Inverno – Fondues e Chocolates, de 1 de junho a 8 de agosto.
Para a primavera – Truta (de 21 de setembro a 24 de outubro) e Natal – Frutas Vermelhas e Castanha Portuguesa Local – de 12 de novembro a 6 de janeiro de 2011.
Ainda durante cada temporada, o Grupo Cozinha da Montanha, terá gratuitamente para os interessados, workshops gastronômicos no Espaço S.C.A., onde dois restaurantes apresentarão suas receitas com aulas e degustação. O evento acontecerá sempre as 17 horas e tem vagas limitadas para 40 pessoas.
Do lado de lá da serra as opções são boas e com roteiros o ano todo. Monte Verde (MG) é um charme, embora a estrada que leve até ao distrito seja um lixo. Já Santo Antônio do Pinhal e São Francisco Xavier, ambas em SP, valem a viagem.
Foto: Campos do Jordão sob neblina do alto do teleférico

Ano doce com o Bolo de Reis

Frutas cristalizadas, uvas passas, nozes, amendoas picadas e açúcar cristalizado. É o Bolo de Reis, que é comercializado por algumas confeitarias e supermercados para comemorar a data no Brasil, dia 6 de janeiro.

Há toda uma história sobre o dia (a data comemora a visita dos três reis magos - Melchior, Balthazar e Gaspar ao menino Jesus, na manjedoura), mas o que importa aqui é a guloseima. Particularmente, eu nunca havia experimentado, mas graças a Dani e Alê (obrigado pela doce lembrança) eu pude saborear o bolo. Uma delícia. Acompanhado de chá, leite, café ou com sorvete, o bolo é super versátil.
É possível encontrá-lo na Ofner (foto), Casa Santa Luzia, Obá Restaurante, entre outros locais. Vale conferir nas padarias e mercados de bairro, sempre tem coisas interessantes.

Consumir maçã pode reduzir possíveis doenças

Junto ao ano que se inicia a promessa de uma dieta menos calórica e mais saudável é parte de muitos planos. Ainda mais quando o retorno é numa segunda-feira.

Diversos mitos cercam a cozinha na hora de consumir um prato saudável. Ouço muito falar que chá verde emagrece, que brócolis é um 'santo' remédio anticâncer, entre outras histórias.

Eu, por exemplo, ainda acredito que se conseguirmos compor um cadápio a base de frutas, verduras, carnes branca e vemelha magra, as possibilidades de não ter doenças são boas. Será?

Achei respostas interessantes no livro "Uma Maçã Por Dia", do canadense Joe Schwarcz. Nele, o escritor aborda polêmicas em relação aos alimentos e desfaz enganos comuns em nosso cotidiano. Como o costume de comer uma maçã por dia, que é rica em polifenóis e tem altas propriedades de antioxidantes. Segundo o autor, isso poderia manter o médico afastado.

A mensagem do especialista é clara: "Tenha uma dieta equilibrada, com muitas hortaliças e frutas, porque o atalhos talvez não funcionem."

No fundo eu defendo que o importante é comer de tudo um pouco (com moderação, claro), tentando elaborar um prato colorido nas refeições. Talvez assim seja possível encontrar um certo equilíbrio. (lembrando que o suco da fruta cai muito bem em drinques frios)